segunda-feira, 11 de outubro de 2010

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS PARA TODAS AS CRIANÇAS DO MUNDO !!

                                                                         

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

                                      
                                    A BONEQUINHA

Havia uma bonequinha que dormia por um longo tempo dentro de uma caixinha de sapato. A caixinha era pequena, o que fazia crer que era de um sapato de criança. De uma menina, que por certo era a dona da bonequinha.
Ninguém sabia seu nome, tão delicada e rosadinha, parecia uma pétala! E foi pensando assim que Dona Edith, que havia comprado o casarão com a economia de uma vida inteira, limpando um armário embutido, encontrou aquela caixinha tão pequena de sapatos. Dentro dela a bonequinha que dormia...Ficou encantada! Era linda e imediatamente lhe deu o nome de Florzinha.
Tinha medo de tocá-la. Parecia feita de cera.
Tinha os cabelos louros e longos, cílios enormes , mãos e pernas que flexionavam e uma boquinha que parecia um botão orvalhado.
Com as pontas dos dedos Dona Edith aconchegou a bonequinha na palma de sua mão. Arrumou os óculos e ficou um bom tempo contemplando aquela coisinha pequena e tão perfeita.
"Meu Deus, que riqueza!" _ resmungou na sua solidão _ "Acho que ganhei uma amiguinha"
E foi assim, Florzinha saiu da caixa abriu os olhos azuis e parecia sorrir. Ganhou um lugar na estante da televisão e dali ouvia as histórias que Dona Edith contava:
__Sabe, menina, quando eu tinha a sua idade, minhas bonecas eram feitas por minha avó. Eram de pano. Nunca pude ter uma boneca de gente rica!
A bonequinha nada falava mas logo em seguida a velha senhora respondia:
__Não acredito! E você não tem saudades de lá?
Assim passava a tarde inteira a conversar e contar histórias divertidas, lembrando momentos bons e ruins de sua vida que a muito tempo não compartilhava com ninguém.
Tomava o chá da tarde feliz, jogando conversa fora, rindo....era tão alegre ultimamente! Quanta felicidade sua nova companheira lhe trazia. O tempo passava rápido.
Assim os dias passaram e a bonequinha trouxe vida, luz e paz na vida de Dona Edith que já tinha esquecido como era bom e divertido ter alguém pra conversar.

sábado, 7 de agosto de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

O reizinho


Num reino distante, num tempo mais distante ainda, nasceu um reizinho. Ele era um menino bonito, com uma cabeça formidável e com um coração cheinho de coisas boas.
O reizinho adorava construir caminhos no jardim...caminhos longos, com pontes onde passavam rios cristalinos. Caminhos que furavam túneis ou subiam montanhas em espiral.
O reizinho gostava muito de carros, trens e aviões e com eles corriam seus sonhos.
Nas tardes de chuva o reizinho adorava montar acampamento na sala, entre o sofá e a parede e ali colocava como um tesouro, suas almofadas, brinquedos e a gata de estimação e companheira inseparável. E ali tomava seu leite, comia banana amassadinha, via TV pela frestinha que existia e dormia.Dormia e sonhava seus sonhos de reizinho.
O menino rei tinha poucos amigos, e pouco brincava na vizinhança do se castelo. Gostava mais da companhia da mãe a lhe contar histórias e da avó a lhe fazer bolinhos de chuva, que brincar ao sol, subir em árvores ou soltar pipas com as crianças da redondeza...mas gostava de nadar. Por isso fugia do olhar dos guardas reais para ir ao paraíso. Lugar perfeito onde a natureza tecia um tapete verde entre um riacho que corria para desaguar em uma cachoeira de espumas e um bosque, que encantado trazia sons de pássaros, duendes e anjos. Lá em baixo, num lago viviam peixinhos prateados e girinos. O reizinho passava horas a tocá-los com as brancas mãozinhas, a cercá-los entre pedras roliças e a rir atirando água pra cima. Ali era uma criança qualquer, sujava os pés e ria alto, soltava pum na água e construía cavernas nos barrancos. O reizinho era imensamente feliz quando voltava para o castelo, secando o corpo, os cabelos e as roupas ao sol e vento... mas um dia o reizinho cresceu. Teve que esquecer seu paraíso e construir seu reino. E foi o que ele fez. Um dia encontrou sua princesa. Casou-se com ela  e tiveram uma princesinha. Ruiva...mas essa já é uma outra história que eu conto qualquer dia. Mas o reizinho, ah, ele viveu por muito e muitos anos e como em todos os contos...foram felizes para sempre.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dorme anjinho, dorme


Dorme anjinho, dorme...
Numa nuvem de algodão,
sonhe seus sonhos serenos,
Aqui não tem bicho-papão.
Dorme anjinho, dorme..
que a noite enfeita de estrelas,
seus cachinhos dourados
e põe sandálias do tempo,
para bailar no telhado.
Dorme meu anjinho,
se aproxime do meu coração
que bate contando histórias
de fadas e de princesas
que já me escapam da memória,
e ganham a cor da leveza
Dorme anjinho, dorme
Que juntas vamos sonhar
Todos os sonhos que a vida
trouxe embrulhado com fitas
Para nos presentear...
Dorme, dorme meu anjinho

quinta-feira, 29 de abril de 2010


Princesinha ruiva e sua vovó Lígia

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O sapinho Ludovico


Em um jardim, próximo a um laguinho, vivia o sapo Ludovico. Já era um sapo adulto, em tempo de casar e ter uma sapinha dengosa pra coaxar todas as noites e ter uma duzia de girinos pra cuidar e proteger dos predadores...sabia que estava passando da hora de ter sua própria família, mas se sentia feio, gordo, barrigudo... Resolveu então fazer caminhadas e era um vai e vem do laguinho para o canteiro de margaridas, muitas horas nadando e até muita ginástica nos ramos de flores.
Nada adiantava. Ludovico não perdia a barriga e nem encontrava uma sapinha verde e pintadinha para dividir a vida. O desânimo já estava tomando conta do bichinho quando num dia viu uma linda menina sentada na grama do jardim. Mal podia se conter...Que linda!!
Foi chegando de mansinho para melhor ver aquela pele branquinha, aquela boca rosada e suas trancinhas que dependuradas, balançavam...balançavam.
Luduvico pensou:
___Deve ser uma sapinha enfeiçada! Precisa de um beijo de amor para voltar ao normal e para se casar comigo e vivermos felizes para sempre!
Sem pensar, saltou esperto e beijou a boca da menininha.
Lógico que ela assustou, ficou arrepiada de nojo, gritou feito louca. Cuspiu, cuspiu!
Para ele era o sintoma da transformação...que esperou, esperou e nada da menina virar sapa.
Refeita do susto, a menina levantou e foi embora chorando.
Nunca mais voltou mas, Ludovico a espera todos os dias, sonhando com sua sapinha encantada.
Dizem que ele já emagreceu, ficou atlético e cantador...mas sapinha mesmo, nenhuma.

sábado, 30 de janeiro de 2010


A princesinha ruiva com sua vovó Lígia e seu vovô Rafael

O peixinho Pirulito


Havia um peixinho solitário, que vivia em um aquário redondo, sobre um móvel da sala de jantar. Era um desses peixinhos que as crianças adoram quando ganham mas, que logo perdem o interesse porque não podem brincar com ele no colo, colocar roupinhas como se fossem bonecas e nem sair por aí passeando com um deles na coleira. Por isso a vida de um peixinho dourado é sempre triste e solitária, além do mais o aquário é sempre apertadinho e estão condenados a comer ração pela vida toda, até estufar a barriga. Ou morrer abandonado, esquecido, em meio a muita sujeira de coco, lodo e falta de oxigênio. A vidinha de Pirulito era um pouquinho diferente. Vivia em um aquário na sala de jantar. Toda vez que a família almoçava ou jantava, |Sofia, a sua dona, vinha colocar o seu nariz no vidro. Falava palavras carinhosas, esfarelava a ração em grãozinhos como areia e jogava um beijinho na ponta do indicador que mergulhava no aquário fazendo um redemoinho. Pirulito dava um olhar redondo e pidonho para sua dona que sempre interpretava como: "Estou com fome, me dá mais comidinha" E lá ía Sofia esfarelar mais ração pra ele. Um dia Pirulito resolveu radicalizar para solucionar o seu problema. Ficou quietinho no fundo do aquário e nem veio comer a ração dada com tanto carinho. Soltou bolhinhas, fechou os olhinhos mas, Sofia não entendeu. Resolveu então ser mais trágico! Flutuou no pequeno aquário, de barriga para cima, como um peixinho morto ou quase morrendo. Sofia logo gritou para a mãe:
___Mãeeeeeeeeeeeeeeeeee! O Pirulito morreu!! A mãe mais que depressa enfiou a mão no aquário e disse:
___Que nada, menina! Pirulito está precisando de uma companheira, uma namoradinha, sabe? Em dois minutos, mãe e filha saíram para a sagrada aventura de comprar uma namorada e um aquário maior para o peixinho. Quando chegaram, foram logo prepara o novo lar com pedrinhas azuis no fundo, um lindo castelinho para refugiar, plantinhas e oxigênio e ainda uma peixinha de escamas redondas como lantejoulas e douradas como o sol. O peixinho logo voltou a nadar com graça e alegria, mostrando felicidade. Uma peixinha dourada como ele, era tudo que um peixinho solitário precisava para ser feliz enquanto a vida de peixe permitisse E assim foi o que aconteceu. Eles viveram bastante tempo e foram felizes à bessa. Nunca tiveram filhotes, pois peixinhos dourados não se reproduzem em cativeiro. Mas foram felizes o bastante para esta historinha terminar como todas as histórias.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A princesinha ruiva


Ela nasceu pela manhã por isso tem a pele tão branquinha e, seus cabelos em cachos acobreados, vieram mais tarde numa caixinha, presente de um anjo...trazido do sol.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A formiguinha rosa


Você conhece um formigueiro? Então sabe que eles são verdadeiros castelos com torres altíssimas, com corredores sem fim(verdadeiros labirintos), muitos cômodos, sentinelas, soldados e até uma rainha, que soberanamente come e dorme, dorme e come.
Numa dessas incríveis fortalezas nasceu um dia uma formiguinha cor de rosa. A rainha não gostou muito, achou uma ousadia, num formigueiro de formigas negras, nascer umazinha assim com cor de bem-me-quer, e ficou atenta pois seus instintos diziam que aquela formiguinha iria aprontar alguma. E não deu outra, a danadinha cresceu se achando a tal, não tinha jeito pra ser operária pois sua pele delicada doía ao sol, jamais seria babá, pois não suportava a gulodice das pupas, nem ao menos, obreira. Suas mãos eram finas demais para cavar túneis, levar terra ou recolher a sujeira dos corredores quilométricos. Enfim, nenhum serviço era bom. Tudo custava muito para seu corpo magrinho.
A rainha, mal suportava a presença da formiguinha nas refeições, e ficava roxa de raiva quando a encontrava vadiando pelos corredores, com tanta coisa para ser feita.
Todos corriam para fazer seus deveres e ela saltitava cantando ou lambendo um torrão de açucar.
Como sempre depois da correria,começava o inverno. E aquele prometia ser bem rigoroso. Havia previsões de ventos fortes, granizo e muita chuva...
A formiguinha não se incomodava com nada, só queria cantar, cantar e cantar.
E foi cantando pelos arredores do formigueiro que conheceu a dona Cigarra com seu violãozinho surrado de muitos verões.
Uma adorou o canto da outra e resolveram formar uma dupla.
E não é que deu certo...ficaram famosas da noite pro dia.
E naquele inverno, nem a cigarra quase morreu de frio e fome, nem a formiguinha rosa ficou sem o que fazer. Movimentaram todas as noites com muita cantoria no salão principal do formigueiro. Dona rainha, muito orgulhosa, pedia bis, batia palmas e assoviava.
Dançou rock, samba, bossa nova. Patrocinou um CD para a dupla.Virou fanzoca!!
Quando o inverno acabou, a vida no formigueiro voltou ao normal. Todos os dias em filinha elas seguiam para o trabalho, mas iam felizes, cantarolando, ouvindo o sucesso da Rosinha& Cigarra, no MP3. Nem se importavam com o resto, afinal se sentiam privilegiadas por serem amigas de um dos maiores sucessos da música: a formiguinha rosa.