sábado, 30 de janeiro de 2010


A princesinha ruiva com sua vovó Lígia e seu vovô Rafael

O peixinho Pirulito


Havia um peixinho solitário, que vivia em um aquário redondo, sobre um móvel da sala de jantar. Era um desses peixinhos que as crianças adoram quando ganham mas, que logo perdem o interesse porque não podem brincar com ele no colo, colocar roupinhas como se fossem bonecas e nem sair por aí passeando com um deles na coleira. Por isso a vida de um peixinho dourado é sempre triste e solitária, além do mais o aquário é sempre apertadinho e estão condenados a comer ração pela vida toda, até estufar a barriga. Ou morrer abandonado, esquecido, em meio a muita sujeira de coco, lodo e falta de oxigênio. A vidinha de Pirulito era um pouquinho diferente. Vivia em um aquário na sala de jantar. Toda vez que a família almoçava ou jantava, |Sofia, a sua dona, vinha colocar o seu nariz no vidro. Falava palavras carinhosas, esfarelava a ração em grãozinhos como areia e jogava um beijinho na ponta do indicador que mergulhava no aquário fazendo um redemoinho. Pirulito dava um olhar redondo e pidonho para sua dona que sempre interpretava como: "Estou com fome, me dá mais comidinha" E lá ía Sofia esfarelar mais ração pra ele. Um dia Pirulito resolveu radicalizar para solucionar o seu problema. Ficou quietinho no fundo do aquário e nem veio comer a ração dada com tanto carinho. Soltou bolhinhas, fechou os olhinhos mas, Sofia não entendeu. Resolveu então ser mais trágico! Flutuou no pequeno aquário, de barriga para cima, como um peixinho morto ou quase morrendo. Sofia logo gritou para a mãe:
___Mãeeeeeeeeeeeeeeeeee! O Pirulito morreu!! A mãe mais que depressa enfiou a mão no aquário e disse:
___Que nada, menina! Pirulito está precisando de uma companheira, uma namoradinha, sabe? Em dois minutos, mãe e filha saíram para a sagrada aventura de comprar uma namorada e um aquário maior para o peixinho. Quando chegaram, foram logo prepara o novo lar com pedrinhas azuis no fundo, um lindo castelinho para refugiar, plantinhas e oxigênio e ainda uma peixinha de escamas redondas como lantejoulas e douradas como o sol. O peixinho logo voltou a nadar com graça e alegria, mostrando felicidade. Uma peixinha dourada como ele, era tudo que um peixinho solitário precisava para ser feliz enquanto a vida de peixe permitisse E assim foi o que aconteceu. Eles viveram bastante tempo e foram felizes à bessa. Nunca tiveram filhotes, pois peixinhos dourados não se reproduzem em cativeiro. Mas foram felizes o bastante para esta historinha terminar como todas as histórias.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A princesinha ruiva


Ela nasceu pela manhã por isso tem a pele tão branquinha e, seus cabelos em cachos acobreados, vieram mais tarde numa caixinha, presente de um anjo...trazido do sol.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A formiguinha rosa


Você conhece um formigueiro? Então sabe que eles são verdadeiros castelos com torres altíssimas, com corredores sem fim(verdadeiros labirintos), muitos cômodos, sentinelas, soldados e até uma rainha, que soberanamente come e dorme, dorme e come.
Numa dessas incríveis fortalezas nasceu um dia uma formiguinha cor de rosa. A rainha não gostou muito, achou uma ousadia, num formigueiro de formigas negras, nascer umazinha assim com cor de bem-me-quer, e ficou atenta pois seus instintos diziam que aquela formiguinha iria aprontar alguma. E não deu outra, a danadinha cresceu se achando a tal, não tinha jeito pra ser operária pois sua pele delicada doía ao sol, jamais seria babá, pois não suportava a gulodice das pupas, nem ao menos, obreira. Suas mãos eram finas demais para cavar túneis, levar terra ou recolher a sujeira dos corredores quilométricos. Enfim, nenhum serviço era bom. Tudo custava muito para seu corpo magrinho.
A rainha, mal suportava a presença da formiguinha nas refeições, e ficava roxa de raiva quando a encontrava vadiando pelos corredores, com tanta coisa para ser feita.
Todos corriam para fazer seus deveres e ela saltitava cantando ou lambendo um torrão de açucar.
Como sempre depois da correria,começava o inverno. E aquele prometia ser bem rigoroso. Havia previsões de ventos fortes, granizo e muita chuva...
A formiguinha não se incomodava com nada, só queria cantar, cantar e cantar.
E foi cantando pelos arredores do formigueiro que conheceu a dona Cigarra com seu violãozinho surrado de muitos verões.
Uma adorou o canto da outra e resolveram formar uma dupla.
E não é que deu certo...ficaram famosas da noite pro dia.
E naquele inverno, nem a cigarra quase morreu de frio e fome, nem a formiguinha rosa ficou sem o que fazer. Movimentaram todas as noites com muita cantoria no salão principal do formigueiro. Dona rainha, muito orgulhosa, pedia bis, batia palmas e assoviava.
Dançou rock, samba, bossa nova. Patrocinou um CD para a dupla.Virou fanzoca!!
Quando o inverno acabou, a vida no formigueiro voltou ao normal. Todos os dias em filinha elas seguiam para o trabalho, mas iam felizes, cantarolando, ouvindo o sucesso da Rosinha& Cigarra, no MP3. Nem se importavam com o resto, afinal se sentiam privilegiadas por serem amigas de um dos maiores sucessos da música: a formiguinha rosa.